Retirada do Centro Pop e demais unidades públicas voltadas para o atendimento à população em situação de rua do bairro Ouro Verde
Para: Prefeitura Municipal de Campo Largo
Nós, moradores do bairro Ouro Verde, estamos vivenciando uma situação extremamente delicada com relação ao Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua - Centro POP - Nina Andreassa e demais unidades públicas voltadas para o atendimento à população em situação de rua.
Dessa forma, vimos por meio deste abaixo assinado, realizar reclamação formal referente à esta instituição.
Sentimo-nos na obrigação de reportar a situação que estamos enfrentando com o crescente número de moradores de rua que perambulam pelas imediações do nosso bairro para que esta administração pública, por meio de seu Prefeito, tome as devidas providências.
Como cidadãos, entendemos a necessidade de auxiliar aqueles que vivem em situação de vulnerabilidade social. Contudo, após a abertura de referido espaço em nosso bairro, que era tranquilo e bom para se morar e trabalhar, passou a ser um local de extrema vulnerabilidade, dada a quantidade de marginalizados que perambulam pela região.
Ao longo dos anos, percebemos que as pessoas que frequentam o espaço do Centro Pop, diferentemente do que era o proposto, não são necessitados ou esmoleiros que transitam pela cidade, mas sim delinquentes em busca de assistencialismo governamental. Não é raro vermos os frequentadores do Centro Pop com tornozeleiras eletrônicas e consumindo drogas pelas imediações.
Tanto isso é verdade, que grande parte das pessoas encontradas mortas nos últimos meses, com vestígios de agressão e pelo uso de armas de fogo, são frequentadoras do Centro Pop. Rememoramos o caso do indivíduo morto a marteladas em frente as Casas Maringá há meses e o corpo encontrado em avançado estágio de decomposição na Vila Tripa.
Basta uma simples analisada pelo Instagram dos jornais da cidade para vermos que hoje, a maioria das apreensões de indivíduos portando drogas, são realizadas no Ouro Verde ou imediações.
Além de estarmos sendo submetidos a este convívio, que nos coloca em risco, ainda somos obrigados a passar pano para o tráfico de drogas que está acontecendo no bairro. Em todas as esquinas há pessoas paradas em atitude suspeita, passando cigarrilhas e até mesmo usando cachimbos feito artesanalmente.
Para satisfazer seus vícios, eles batem as nossas portas e pedem dinheiro e palha de aço, com o pretexto de que precisam lavar as suas louças. A praça Romeu Zanlorenzi está inabitável, já que os marginais se aglomeram em volta dos equipamentos de ginástica e ali permanecem por horas e horas, falando em voz alta, causando medo e insegurança. A qualquer hora do dia, vemos carros parando ou parados nas ruas e conversando com estas pessoas. Temos imagens de tudo.
Sem falar no crescente números de furtos que estamos vendo e que muitas vezes não são reportados para as autoridades policiais. Essas pessoas dormem em frente aos nossos estabelecimentos e residências, decoram a nossa rotina e depois usam disso para se aproveitar.
Já tentamos de todas as formas resolver a situação: chamamos a Guarda Municipal, a Polícia Militar e até mesmo já formalizamos reclamações na ouvidoria do município. Essa carta é a nossa última alternativa, para que a administração pública de nosso município nos ouça e retire o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua - Centro POP - Nina Andreassa de nosso bairro e o leve para um bairro mais retirado do centro, sem muitas residências no entorno, conforme possibilita o Decreto 7.053/2009.
