Abaixo-assinado Cultura Marajoara para um Brasil mais brasileiro"
Para: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
À Excelentíssima Senhora
MIRIAM BELCHIOR
Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Brasília – Distrito Federal.
aditamento: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=p2012n22580
Senhora Ministra,
Os ABAIXO-ASSINADOS, deste modo, vêm perante a Vossa Excelência pedir vosso apoio à criação da Universidade Federal do Marajó (UnM), conforme aditamento em epígrafe. E, à semelhança do Museu Nacional que se acha integrado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), da Universidade de São Paulo (USP), estudar respectivamente junto ao Ministério da Educação e do Ministério da Cultura, todas possíbilidades cabíveis para incorporação do Museu do Marajó – www.museudomarajo.com.br – à estrutura da nova universidade federal a ser desmembrada da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Como sabe, em resultado de vossa recente visita à ilha do Marajó e possivelmente da leitura da obra da arqueóloga brasileira Denise Pahl Schaan, “Cultura Marajora” editada em São Paulo pela editora Senac (2010); apesar de modesta em sua iniciativa original a obra comunitária do padre jesuíta Giovanni Gallo, organizada e mantida até hoje com grandes sacrifícios; tem inegavelmente valor simbólico de primeira grandeza para a ancestralidade da cultura pré-colombiana brasileira. Mas o desconhecimento disto pelo público depõe contra a mais valia da política de desenvolvimento socioambiental nacional.
Tanto quando se poderá comprovar o Museu do Marajó, de fato, é o primeiro ecomuseu brasileiro, por acaso, convertido em portal socioeducativo para o meio ambiente e a Cultura Marajoara desde seus primórdios, em torno do ano 400, até os nossos dias. Pelo que, a estancada candidatura do arquipélago do Marajó como reserva da biosfera a ser reconhecida pelo programa “O Homem e a Biosfera” (MaB/UNESCO); evidencia em conjunto com o projeto da UnM e a incorporação do referido museu; um trio integrado de oportunidades capazes de apagar a mancha da pobreza da população no maior arquipélago fluviomarinho do planeta, na foz do maior rio do mundo.
Que melhor lugar emblemático para o Brasil mostrar ao mundo o êxito de sua decisão soberana de reduzir as crônicas desigualdades sociais herdadas do passado?
Uma vez que o governo federal dê termo à longa indiferença nacional e exclusão da Cultura Marajoara no calendário oficial de eventos do País; poderá o Ministério da Cultura com concurso da UNESCO dotar o Museu do Marajó de meios para intercâmbio internacional e nacional tendente no futuro a operar o repatrimento de peças e coleções que no momento estão no exterior.
Por outra parte, a criação da UnM e possível incorporação do Museu do Marajó ao mesmo; possibilitará a salvaguarda pela nação brasileira de uma das mais representativas populações tradicionais – resultado no tempo e no espaço regional das contribuições étnicas indígenas, africanas e européias da chamada “Criaturada grande de Dalcídio” - www.dalcidiojurandir.com.br – da Amazônia. O que significa dizer oferecer condições de perenidade ao atual trabalho do programa nacional NOSSA VÁRZEA de regularização fundiária em terras de marinha, pelo qual famílias ribeirinhas remanescentes do período pré-colonial hão de ter possibilidade de se empoderar do território ancestral através da Educação e da Cultura.
Saudações Marajoaras!
Ilha do Marajó(PA), 10/07/2013