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MANIFESTO EM DEFESA DO PALACETE PINHO.

Para:  Exmo. Sr. Governador do Estado do Pará / Exmo. Sr. Prefeito de Belém / Exmo(a)s. Sr(a)s Vereadore(a)s /Exmo(a)s. Sr(a)s Deputado(a)s Estaduais do Pará / Exmo(a)s. Sr(a)s Deputado(a)s Federais / Exmo. Sr. Procurador Geral do Ministério Público Estadual do Pará

MANIFESTO EM DEFESA DO PALACETE PINHO.

O Palacete Pinho localizado no bairro da Cidade Velha, na rua Dr. Assis foi construído no ano de 1897 no auge do Ciclo da borracha, pelo rico e influente comerciante português Antônio José de Pinho. Seu estilo arquitetônico foi influenciado por palácios e Vilas italianas do século XVI e foi projetado pelo engenheiro Camilo Amorim, sua planta é em “U”, sendo o pátio aberto na frente. O palacete desde sua construção foi palco em Belém de constantes manifestações culturais local onde várias pessoas passaram noites agradáveis em muitos saraus oferecidos pela família Pinho.
A falta de recursos dos herdeiros levou a sua venda em 1978, para uma rede de supermercados que o utilizou como depósito. Em 1986 foi tombado pelo IPHAN e em 1992 foi desapropriado pela prefeitura de Belém que passou a ser gestora do imóvel, mas sem iniciativas de projetos de conservação, ficando o prédio a mercê de saqueadores e muitos de seus azulejos e balaústres entre outros bens foram levados.

Em 1995 surge o primeiro projeto municipal de restauração do palacete, mas não houve captação de verba. Em 1997 na gestão do um governo democrático e popular (1997-2004), obras emergências foram feitas e posteriormente com recursos incentivados via Lei Rouanet as obras iniciaram em 2003. Em 2005 quase 90% das obras já estavam prontas quando Duciomar Costa assumiu a gestão, Infelizmente o mesmo levou mais de cinco anos para concluir o restante. O total do valor gasto na obra chegou a quase oito milhões de reais. Pelo projeto inicial de restauro, o Palacete Pinho seria transformado em escola de música, no projeto constava uma sala para concertos de musicais, com palco e preparada acusticamente para esta atividade.

Agora depois de vários anos de abandono, pela gestão de Duciomar Costa e Zenaldo Coutinho, o palacete encontra-se em avançado estado de degradação novamente. Pelo projeto original era para ser hoje um espaço MULTICULTURAL para Belém. O uso cultural e artístico e social seria uma ponte de integração com as comunidades dos arredores do bairro e da cidade como um todo, hoje tão carente de espaços como bibliotecas, teatros, galerias e cinemas públicos.
Some-se a isso a preocupação com o grande fluxo de veículos pesado na Doutor Assis, que abala continuamente a estrutura, não apenas do Palacete, bem como de vários casarões da área de entorno. A questão de tráfego na Cidade velha deve ser repensada.

Nada justifica um espaço, que custou milhões de renúncia fiscal, ficar fechado para, UM ANO DEPOIS, abrir uma exposição saudosista e posteriormente fechar as portas novamente. E muito menos vamos aceitar que o espaço seja transformado em local com uso exclusivo para o comércio, como prevê o projeto de Zenaldo para transformar a o Palacete em “Casa de Portugal”, por meio do projeto gastronômico “Desenvolve Belém”, apresentado em dezembro de 2017 ao empresariado. No projeto está previsto restaurantes e lojas tudo já conversado com o Consulado Português. Isso nos desrespeita de várias formas: Não consultando a Sociedade para os usos que queremos para o Palacete Pinho. Não levando em consideração nossa identidade indígena que é muito mais presente que a portuguesa em Belém. E nos fazendo sentir saqueados material e imaterialmente em nossa cultura!

Nós cidadãos belenenses, moradores da Cidade Velha, junto a outras entidades queremos que se mantenha o projeto inicial para o qual foi pensado o Palacete Pinho, e também queremos que se faça alguns ajustes em sua finalidade, não servindo apenas para escola de Música, e sim para abrigar as mais diferentes linguagens artísticas e populares da cultura paraense. NÃO queremos ver a história se repetir por irresponsabilidade e insensibilidade do poder público municipal e estamos dispostos a lutar pela preservação de nossa memória histórica, de nosso patrimônio cultural e pela nossa sociedade. Para tanto subscrevemos este manifesto.

Fazemo-nos para alertar a sociedade paraense e sensibilizar o governo municipal, estadual e federal sobre o risco que o PALACETE PINHO está correndo, caso seja mantida O DESCASO com este bem que pertence a toda sociedade paraense, pela sua relevância histórica e para Belém em particular porque deveria ter sido devolvido à população para ser usado como centro cultural.

Diante do exposto, assinamos esse manifesto como forma de expressar nossa indignação com o estado de abandono em que se encontra nosso patrimônio cultural.
- Somos contrários a qualquer medida que seja tomada sem a participação efetiva da comunidade Belenense!
- Queremos o Palacete Pinho como espaço cultural vivo, criativo, dinâmico e democrático!
- Queremos o Palacete Pinho revitalizado!
- Queremos a cultura paraense respeitada e nosso patrimônio cultural preservado
-Queremos a retirada do tráfego pesado da Dr. Assis!

Assinam este manifesto:




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