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Relacionamento dos cristãos brasileiros com o Estado de Israel.

Para: Exmo. Sr. Ministro das Relações Exteriores da República Federativa do Brasil.

O grupo Cristãos Brasileiros e simpatizantes, que assinam estes manifesto vem, respeitosamente, perante V.Exa., manifestar-se nos seguintes termos.

1) Temos acompanhado pelo noticiário as lamentáveis notícias que há alguns anos já chegam do Oriente Médio e da África: cristãos mortos e perseguidos na Nigéria, cristãos perseguidos e mortos no Sudão, cristãos perseguidos e mortos no Egito, na Líbia. 2) Recentemente, tais fatos ficaram agravados com os conflitos na Síria, no qual o combate entre milícias jihadistas e as tropa do governo Sírio já levaram à morte de cerca de 170 mil pessoas, dezenas de milhares delas mortas pelas tropas do governo daquele país. 3) No conflito Sírio, cenas de cristãos sendo expulsos de suas casas, espancados nas ruas e submetidos à crucifixão, tem sido veiculadas pelo mundo afora. 4) No entanto, em todos esses conflitos, a postura do governo brasileiro foi de neutralidade, para não dizer brandura. 5) Nos últimos meses, temos acompanhado o fato de o grupo jihadista Hamas estar recebendo – de forma contrabandeada – mísseis de cada vez maior alcance e potencial ofensivo, para lançá-los sobre o Estado de Israel. 6) O referido grupo – que governa a faixa de Gaza e parece ser reconhecido pela diplomacia brasileira como um interlocutor político legítimo – tem, declarado em seus próprios Estatutos, o objetivo de “fazer desaparecer o Estado de Israel”. 7) Aliás, o estudo da história recente do Oriente Médio mostra que tal objetivo tem sido declarado por vários grupos radicais da região e também por chefes de Estado com os quais o Brasil não só mantém boas relações diplomáticas, como também os recebe calorosamente. 8) Os recente acontecimentos envolvendo a Faixa de Gaza trouxeram à tona a palavra proporcionalidade: o morticínio de civis – sobretudo crianças – é lamentável, chocante e doloroso. 9) No entanto, com todo respeito, sentimos também a existência de desproporcionalidade. Desproporcionalidade da diplomacia brasileira, ao tratar com pesos e medidas diferentes os conflitos, por exemplo, da Síria (170 mil mortos) e o de Gaza com algumas centenas de mortos. 10) A brandura no trato com o governo Sírio – com cujo partido o atual partido governante de nosso país mantém acordo – é desproporcional ao número de mortes atrozes ali cometidas. 11) A desproporcionalidade fica ainda mais gritante se compararmos a atitude da diplomacia brasileira para com a Síria e Israel, sobretudo se considerarmos: 1) a imensa diferença do número de civis mortos; 2) o fato de Israel estar sendo alvo de ataques de mísseis constantemente, alguns milhares deles durante a Copa do Mundo. 12) Dentre a Comunidade Internacional, poucos, para não dizer praticamente ninguém, adotou simbologia tão severa para com o Estado de Israel, que, V.Sas. sabem, tem estado sob constantes ataques desde sua primeira criação. 13) Muitos de nós que assinamos este manifesto já estivemos, Excelência, no Estado de Israel, para visitas, orações, e para testemunharmos os vestígios históricos de nossa herança espiritual. 14) Lá temos sido recebidos maravilhosamente bem pelo povo de Israel. 15) Testemunhamos e nos surpreendemos com um país dinâmico, aberto, plural (ao contrário do que nos dá a entender certos setores da imprensa) e com um povo acolhedor, tolerante, moderno e bem humorado. 16) Também nos acostumamos – não sem surpresas iniciais – a ver palestinos muçulmanos e cristãos integrados na sociedade israelense, seja trabalhando lado a lado com judeus, seja fazendo compras nos melhores locais, seja freqüentando restaurantes ou pontos turísticos. 17) Preocupa-nos que um alinhamento automático da Diplomacia e dos setores culturais brasileiros com qualquer grupo ou causa que se identifique como porta voz das demandas árabe-palestinas, sobretudo num momento de nervos exacerbados e muita guerra de informação, leve a um gradual aumento do nível de ódio sectário étnico e religioso no Brasil. 18) A ferramenta da internet e as redes sociais já nos permitem ver e ler dezenas, centenas, milhares de comentários – muitos redigidos por pessoas de bom coração mas carentes de informação equilibrada - dignos da mais obscura propaganda hitlerista. 19) O Brasil e Israel têm um laço histórico indissolúvel, que é a presidência brasileira da histórica sessão da ONU que permitiu a criação daquele Estado. Não vamos deixar morrer os laços de amizades entre Brasil & Israel criado pelo Brasileiro de Alegrete, RS, o gaúcho Chanceler Oswaldo Aranha.20) Os cristãos do Brasil têm com Israel um laço identitário indissolúvel e inegociável. Foi o povo de Israel que nos legou nossa herança espiritual, através da Bíblia, livro milenar que infelizmente sofre tanto preconceito e escárnio de setores ditos “esclarecidos”, tanto dentro quanto fora do governo.

Excelência;
Este manifesto tem a intenção de dizer que não concordamos com a desproporcionalidade usada pela Diplomacia brasileira nas suas diferentes relações com vários países em conflito hoje em dia.
Vossa Excelência bem sabe da contundência, em termos de linguagem diplomática, que é o ato de “chamar um Embaixador para consultas”.
Infelizmente, a resposta informal, feita à mídia, de um funcionário do governo israelense, também não foi oportuna, não quanto ao mérito, com o qual, com todo o respeito ao Itamaraty, concordamos, mas com o fato de ter sido emitida por funcionário da chancelaria daquele país amigo, coisa que, no atual momento, em nada contribui.
No entanto expomos e solicitamos a Vossa Excelência:
a) Que a diplomacia brasileira atue com proporcionalidade e coerência em relação aos vários países hoje envolvidos em conflitos étnicos – identitários; b) Que a diplomacia brasileira, através de seus atos, gestos e declarações, não contribua para a importação, para o Brasil, de ódios e preconceitos que já se julgavam enterrados para sempre; c) Que tome as medidas de esclarecimento ao público, para que a elevação do tom das declarações firmadas por essas duas nações amigas não cheguem ao público brasileiro como uma questão de Israel contra o Brasil. d) Que se pronuncie de forma firme e contundente contra o uso, pelo Hamas, de civis como escudos humanos; e) Que se pronuncie de forma firme e contundente contra declarações de grupos políticos ou chefes de Estado que confessam o intuito de destruir o Estado de Israel, especificamente, porque no caso em tela, a destruição de Israel é declarada expressamente no Estatuto do Hamas; f) Que, com a mesma firmeza de princípios que defende o lar nacional para o povo árabe-palestino, defenda expressa, pública e textualmente, o direito de Israel existir reconhecido, em paz, com fronteiras seguras e defensáveis, como expresso na resolução 242 da Assembléia Geral das Nações Unidas. g) Que, enfim, a diplomacia brasileira aja de forma proporcional ao gigantismo econômico e cultural do país, contribuindo para que o povo palestino seja libertado das ideologias e grupos armados que idolatram o ódio, a morte e o martírio.

Assinam o presente manifesto Cristãos Brasileiros e simpatizantes.




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