Petição Pública Brasil Logotipo
Ver Abaixo-Assinado Apoie este Abaixo-Assinado. Assine e divulgue. O seu apoio é muito importante.

Abaixo-assinado Catástrofe ambiental! Reativação das pedreiras de Pacatuba.

Para: SEMACE, FUNAI, Prefeitura de Pacatuba, Governo do Estado do Ceará

Catástrofe ambiental! Reativação das pedreiras de Pacatuba.
Triste realidade de uma cidade que desconhece suas riquezas materiais e imateriais.
Neste dia 10 de Março de 2013, o grupo Intervenção Natural, fez uma visita à comunidade dos Pitaguarys na localidade de Monguba no sopé da Serra da Pacatuba. Fomos acolhidos pelo Pajé Barbosa, líder da comunidade indígena com mais de 300 famílias e por sua filha Francilene, artesã, atriz e uma das porta-vozes dos Pitaguarys da Monguba.
Com um discurso típico de um líder o Pajé Barbosa encantou a todos os presentes com sua sabedoria, falou de suas lembranças do passado, de uma Pacatuba onde as pessoas iam pegar água em latões no chafariz da praça da estação, onde as filas seguiam centenas de metros e que isso era muito importante para a cultura da cidade, pois nas filas as pessoas colocavam “o papo em dia”, coisas do cotidiano daquela época, sobre os fenômenos naturais, como os clarões na Serra da Aratanha e os bolões de fogo que caso se encontrassem era sinônimo de bom inverno. Coisas que nos dias atuais parecem fantasiosas, mas que fazem parte da nossa cultura local, e porque não dizer de nossa história.
Os Pitaguarys são os verdadeiros herdeiros de Pacatuba, não apenas por serem o povo nativo sul-americano, mas por guardarem as lembranças de nossa história. Pajé Barbosa ressalta que em todos os arquivos e livros escritos na cidade os indígenas praticamente não aparecem. Isso se dá pelo extinto de sobrevivência de sua tribo, pois em quanto os brancos estavam desmatando, abrindo ferrovias e vilarejos os povos Pitaguarys se refugiavam em locas na Serra para não serem dizimados, e que na sua infância era incentivado por seus avós a não usar adornos com penas, pois era sinônimo de desgraça, sabendo-se que aqueles que se assumiam como indígenas sofriam com a descriminação.
Nos dias atuais o povo Pitaguary sofre com especulação de suas terras por parte de mega-empresários que cobiçam as rochas das pedreiras desativadas. Essas pedreiras estão inativas a mais de 15 anos, e foram idealizadas para que fornecessem minério para as obras de Fortaleza e estrada de ferro, mas que ao término das obras a Serra seria reflorestada e entregue aos Pitaguarys. Essas promessas foram parcialmente cumpridas; o povo indígena está nas terras, mas não possuem documentos. Todos nós sabemos que na Serra da Monguba nunca ouve reflorestamento algum. Agora o oportunismo de quem tem dinheiro mais uma vez se impõe perante os mais humildes. Os Pitaguarys ganharam em duas instâncias o direito de ficar na terra, mas numa terceira instância em Pernambuco, os empresários ganharam o direito de explorar as pedreiras. No decorrer deste processo o Pajé Barbosa ridiculamente foi multado por cultivar hortas para sua própria subsistência nas terras da pedreira num valor de R$ 100.000,00, e mais R$ 100.000,00, por construir uma guarita no terreno. Os indígenas Pitaguarys foram intimados a saírem das pedreiras no dia 22 de março de 2013.
Tudo isso acontece em Pacatuba-Ce e os demais cidadãos não tomam o conhecimento desses abusos. Será de interesse dos poderosos, silenciar esse caso que não é apenas uma questão relativa aos Pitaguarys? Todos sabem dos prejuízos que a exploração das pedreiras acarretam, como a poluição sonora das explosões com dinamite, que pode ser ouvidas à quilômetros de distância, os tremores de terra que ocasionalmente racham as casas dos moradores mais próximos da pedreira, a poeira do pó de pedra, causadora de doenças respiratórias, a matança de animais da mata e a destruição de seu hábitat, o trânsito de caminhões pesados nas estreitas ruas da Monguba, os desmoronamentos de rochas da Serra da Aratanha, a destruição de árvores nativas, olhos d’águas e nascentes.
Na visita ao acampamento Pitaguary na pedreira, o grupo I.N. apontou diversas potencialidades de uso sustentável da Serra: como o turismo comunitário indígena, de forma que os turistas interajam com os nativos, onde os Pitaguarys poderiam vender seus adornos típicos, bio-jóias e gastronomia indígena, o turismo de aventura; com prática de rapel nas pedreiras, escalada, montanhismo, tirolesa e parapente, e o ecoturismo com trilhas nas matas. Tudo isso administrado pelos próprios Pitaguarys. Foi enfatizado os privilégios que Pacatuba oferece aos praticantes de esportes de natureza, sabendo-se que aqui é o segundo melhor pico de parapente do Brasil e o fato de estar muito próximo de Fortaleza. O pajé Barbosa se interessou muito pelos apontamentos e disse que este tipo de atividade seria muito bom para a comunidade indígena e acima de tudo para os jovens da região, que sofrem com a falta de oportunidade de trabalho e com o crescente consumo de drogas.
O encontro com os Pitaguarys se encerrou com um sentimento de solidariedade e a certeza da necessidade fazermos algo para que as pedreiras não sejam reativadas!
Se você se sensibiliza com a causa ambiental e apóia os indígenas de Pacatuba a continuarem nessas terras subscreva o abaixo assinado e compartilhe.




Qual a sua opinião?

Abaixo-assinado Catástrofe ambiental! Reativação das pedreiras de Pacatuba., para SEMACE, FUNAI, Prefeitura de Pacatuba, Governo do Estado do Ceará foi criado por: Intervenção Natural.
O atual abaixo-assinado encontra-se alojado no site Petição Publica Brasil que disponibiliza um serviço público gratuito para todos os Brasileiros apoiarem as causas em que acreditam e criarem abaixos-assinados online. Caso tenha alguma questão ou sugestão para o autor do Abaixo-Assinado poderá fazê-lo através do seguinte link Contatar Autor
Já Assinaram
337 Pessoas

O seu apoio é muito importante. Apoie esta causa. Assine o Abaixo-Assinado.

Outros Abaixo-Assinados que podem interessar