Abaixo-assinado MANIFESTO EM DEFESA DA PROFISSÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
Para: UFSM, CNE e MEC
MANIFESTO EM DEFESA DA PROFISSÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
Nos últimos meses professoras formadas em Educação Especial do Curso de Educação Especial da Universidade Federal de Santa Maria – instituição que mantem esta formação a mais de 35 anos – estão tendo que se envolver em processos judiciais no Estado de Santa Catarina considerando que estas estão sendo impedidas de tomar posse em concursos públicos em que foram aprovadas e momeadas. Ainda, duas professoras habilitadas na área com esta formação após tomarem posse e começarem o trabalho foram impedidas de permanecer nos cargos com o argumento de que o diploma expedido pela UFSM como licenciadas em Educação Especial não teria validade no território nacional para ocupar o cargo de professoras de Educação Especial.
Esses acontecimentos vivenciados pelas egressas do Curso de Educação Especial da UFSM produzem o questionamento sobre a qualidade dos profissionais que se formam no Curso de Licenciatura plena em Educação Especial desta instituição. Por outro lado, nós egressas desta formação e desta instituição confirmamos nossa escolha profissional e a formação qualificada que recebemos e por isso resolvemos nos unir, organizar e apoiar um movimento de fomento para a criação de DIRETRIZES DE FORMAÇÃO PARA O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO ESPECIAL em nível nacional.
Desejamos unir forças, somar, para que juntos possamos exigir das autoridades competentes e em especifico do CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO a imediata formulação e aprovação das diretrizes de formação tendo em vista o digno respeito e valorização deste profissional e de sua atuação na sociedade.
A existência da formação em Educação Especial financiada pelo Estado Brasileiro numa instituição pública de ensino superior como é o caso da UFSM e mais recentemente a Universidade Federal de São Carlos coloca em evidencia a necessidade de diretrizes de formação que possam embasar tanto a formação como o ingresso destes profissionais do mercado de trabalho. A produção de diretrizes de formação podem fomentar a criação de outros cursos de Educação Especial pelo país, bem como dar referencias para a produção de editais e concursos públicos, considerando que o atendimento educacional especializado das pessoas com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação perpassa pela preparação e formação profissional de um professor especializado em Educação Especial.
Diante d o exposto pedimos às autoridades competentes que tomem as providências cabíveis para a elaboração das diretrizes de formação de professores de Educação Especial – licenciatura plena, de forma que conste como uma profissão no campo da educação e que garantam a esta formação profissional a valorização e respeito que não estamos vivenciado hoje dos gestores públicos, privados, empresas organizadoras de concursos públicos, escolas, universidades, espaços educacionais, lugares e a sociedade como um todo.
Gratos, assinamos na certeza de que teremos nossas vozes ouvidas para que juntos possamos resolver essa importante questão.
Qual a sua opinião?
