Abaixo-assinado EU APOIO A RETIRADA DO CW PARA PROVA DE RADIOAMADOR
Para: Anatel
EU APOIO A RETIRADA DO CW PARA PROVA DE RADIOAMADOR
A exigência do CW é proveniente de um período em que os equipamentos não eram capazes de transmitir voz ou dados, quando fazia sentido exigir que o pretenso radioamador tivesse condições de estabelecer comunicação através do seu equipamento. Sinceramente, depois que os equipamentos obtiveram a capacidade de transmitir e receber voz e dados (RTTY é do tempo da vovozinha) essa exigência tornou-se obsoleta (a exigência – não o modo). Basta um passeio pelos 7 e 144 Mhz, com um manipulador para constatar que grande parte dos Radioamadores classe A e B não mantiveram nenhum vínculo com a prática do CW (nem mesmo a mais remota lembrança) apesar de terem um dia, sido aprovados no exame.
A exigência do CW hoje, não acrescenta absolutamente nada à qualidade do radioamadorismo nacional, nem sequer fomenta a prática de CW o que imagino deva ser a principal finalidade dessa regra. Os 5 PPM’s exigidos não obrigam ninguém a praticar CW o suficiente para aprender e praticar de fato o modo, basta decorar a sequência de pontos e traços de cada letra e número que com um pouco de calma e concentração será considerado apto à promoção no exame.
Meu ponto de vista é que se o CW for suprimido do conteúdo do exame de promoção de classe, mas em contrapartida as exigências de Aptidão Ética (principalmente), Técnica e Elétrica forem incrementadas com questões discursivas ou com questões omissas (conteúdo das questões não divulgado abertamente) isso certamente contribuirá para a formação de Radioamadores melhor preparados, inclusive para diminuir os riscos oferecidos pela prática do Hobbie, fatos que são diuturnamente ignorados, mas que vão desde uma simples queimadura durante a soldagem de um conector ao risco de um incêndio, à queda de uma torre ou de um telhado (toda hora acontece com alguém) por falta do equipamento de proteção e sua correta operação, eletrocussão, e principalmente a instalação e operação das antenas em desacordo com a relação de Frequência, Potência, Altura em relação ao solo e distância de Habitações, o que expõe não apenas a vida do Radioamador, mas também a vida de terceiros (seus entes ou não) à radiofrequência.
A troca de classe não envolve apenas acesso a novas bandas, mas também o estabelecimento de maiores níveis de potência de operação.