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Abaixo-assinado Carta aberta aos anunciantes da revista Veja

Para: Anunciantes da revista Veja


Prezadas sras. e srs.,


como deve ser de seu conhecimento, a edição 2.295, de novembro/2012, da revista Veja, em suas páginas 116 a 118, veiculou artigo intitulado “Parada gay, cabra e espinafre” em que cidadãos homossexuais são desqualificados grosseiramente. A ampla repercussão do texto deixou clara a longa lista de equívocos que, dada a sua fragilidade intelectual, faz crer tratar-se de má-fé.
Talvez a única verdade contida no artigo seja a constatação de que as barbaridades cometidas ao longo da história contra homossexuais tendem a minguar ante o avanço das sociedades no caminho da liberdade. É verdade. Embora 84 países ainda considerem ilícito ou imoral a relação afetivo-sexual entre pessoas do mesmo sexo, de acordo com a International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex Association (www.ilga.org), o Brasil, em consonância com outras nações e organismos internacionais como a ONU, dá sinais de avanço.
Em 2011, por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal reconheceu que as relações homoafetivas são entidades familiares. Bravatas de cunho conservador têm saído envergonhadas de recentes campanhas eleitorais no Brasil e, mais recentemente, nos Estados Unidos. Perto de 80% da sociedade brasileira é a favor da criminalização da homofobia, conforme recente pesquisa realizada pelo Senado Federal (ver http://migre.me/bOrP4), deixando claro que não aceita opressão injustificada a pessoas homossexuais. As posições conservadoras, embora minoritárias, ocorrem de forma inversa ao nível de escolaridade, conforme pesquisa também promovida pelo Senado Federal em 2008 (ver http://migre.me/bOtyy). No entanto, parte da mídia do país tenta naturalizar o preconceito e dar sobrevida às suas posições retrógradas, forjando argumentos há muito superados pela ciência, pelo bom senso e pela ética.
Como anunciante da revista, é possível que V. Sa. busque entender como a referida matéria foi recebida pelo leitor, em sua maioria (73%, de acordo com http://publicidade.abril.com.br/tabelas-gerais/revistas/perfil-dos-leitores) componentes das classes A e B. Não sabemos. De todo modo, cumpre lembrar que leitores homossexuais, bissexuais, transgêneros e heterossexuais simpatizantes, compõem um enorme grupo de cidadãos que têm família e amigos, que consomem produtos e serviços, que fazem investimentos, que trabalham e estudam, enfim, que vivem e atuam atentos à nossa sociedade.
Sendo assim, pedimos que os anunciantes da Veja tornem pública a sua posição frente ao referido artigo, esclarecendo seus funcionários, clientes, fornecedores e a população em geral.


Atenciosamente,




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