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Retificação do nome de Tereza Kariri na Escola Indígena Kariri da Aldeia Maratoan

Para: Parentes Indígenas e não Indígenas

Nós, parentes e familiares de Tereza Kariri, estamos aqui para reivindicar a nomeação de nossa parente e eterna liderança Indígena, na escola Indígena Kariri, que está sendo atualmente construída na aldeia Maratoan; como um ato de respeito, pelo seu legado, reconhecimento e importância dentro da educação Indígena. Tereza Kariri é bisneta da indígena mais velha que existia na tribo Kariri; o nome de sua bisavó era Rita Alves Kariri. Natural de Crato - CE, região do Cariri; veio embora para Crateús com 17 anos; casou-se, teve filhos e, consequentemente não pode mais voltar para sua cidade natal, o Crato ou "Cratin de açúcar" como dizia Luiz Gonzaga e a própria sempre lembrava disso. Tereza Kariri sempre fazia questão de educar e lembrar seus filhos, que os mesmos são indígenas Kariri e que jamais neguem isso a ninguém, como ela mesma fez quando era mais jovem, mas claro, para evitar qualquer morte ou massacre na época. Mesmo com toda apreensão e medo que algo de ruim pudesse acontecer, a teimosia de Tereza Kariri prevaleceu, e no ano de 1980 ela se declarou indígena para uma mulher chamada Maria Amélia Leite, a mesma está viva até hoje e mora atualmente em Fortaleza. Com toda sua braveza e coragem, Tereza Kariri foi um grande estímulo e reflexo de força para que os indígenas Crateuenses se juntassem a ela, e também a sua filha Cristina Kariri; as duas saíam de casa em casa na aldeia Maratoan, apenas com um caderno e uma caneta, educando e compartilhando seus aprendizados. Tereza Kariri, apesar de sua grande importância e legado para Maratoan, não se sentia pertencente a aldeia; e o motivo nunca foi questões sanguíneas, mas se suas netas tem seu sangue, seu desejo é que as mesmas jamais deixem o seu nome "cair por terra". Em suas palavras, Tereza Kariri disse que tudo o que foi adquirido na comunidade Maratoan é graças a ela, viajando inúmeras vezes para Brasília, atrás de verbas e até mesmo cestas básicas para seu povo. Tereza Kariri, na maioria das vezes lembrava de um provérbio popular que diz: "Hoje se faz, amanhã é esquecido"; isso porque no decorrer dos anos, independente de estar doente ou não, Tereza começou a se decepcionar com o mesmo povo que um dia ela ajudou; a decepção e a mágoa infelizmente foi tão grande, que consequentemente foi lhe adoecendo cada vez mais, como ela mesma dizia antes de morrer; por ser discriminada e desrespeitada por aqueles que na verdade eram pra estar de fato ao seu lado. Mas viva ou morta ela sempre será Tereza Kariri, e seu legado definitivamente jamais será esquecido. Principalmente se o seu nome, coerentemente for respeitado e retificado numa escola indígena que está sendo construída, justamente no mesmo lugar que lá no começo ela mesma ajudou a alfabetizar.




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