Abaixo-assinado Recursos da área azul de Campo Grande para PS da Santa Casa
Para: Prefeito de Campo Grande - MS
Discute-se neste momento a renovação do contrato com a Flexpark, que administra o sistema de estacionamento rotativo na área central há mais de dez anos, ou a abertura de uma nova licitação. Tal debate, iniciado por vereadores que criticam a condução do negócio é fundamental ao passo que a violência no trânsito e a frota de veículos aumentam em progressão geométrica, enquanto o sistema viário se amplia em progressão aritmética.
Os edis criaram uma grande oportunidade para uso racional de dinheiro público quando questionam a Flexpark, que pode ter negligenciado investimento de parte da receita na área social, que se fez ainda não provou. A empresa somente afirmou que repassa parte da arrecadação para a Agetran. Em 2010, o valor pode ter atingido o montante de R$ 797 mil dos R$ 2,8 milhões arrecadados (cálculos da própria Câmara). Este valor pode até ser superior: são cerca de 2 mil vagas, administradas cerca de dez horas por dia em 22 dias mensais, ao custo de R$ 1,50/hora, que podem gerar ao ano R$ 4,75 milhões brutos a 60% de ocupação.
A empresa que administra nossa “Área Azul” é sediada em Belo Horizonte e se notabilizou por dispor de um sistema automatizado com tecnologia nacional bi ou multivagas, fundamental para que ganhasse a licitação vigente. E, é de Minas Gerais, no quintal da empresa, que tiro o exemplo que defendo: em Uberaba, os recursos captados no sistema de estacionamento rotativo no centro da cidade são destinados ao Hospital do Câncer daquela cidade.
Conhecendo os prazos para que uma licitação ocorra, esta discussão em Campo Grande é tardia. Portanto, caminhamos para a renovação do contrato atual, sem grandes alterações e, provavelmente, com reajuste. Mesmo assim, invoco os incautos (e)leitores para fazermos que este debate se prolongue e seja inserto da seguinte proposta: a assunção dos serviços pela Agetran, de direito e de fato, e que os recursos apurados se voltem para a modernização e custeio da traumato-ortopedia do Pronto Socorro da Santa Casa de Campo Grande.
Defendo a tese como medida de justiça. Não possuímos um PS Municipal e as UPAs não funcionam em sua totalidade e, ainda, somos a 3.º capital com trânsito mais violento do país com 29,6 mortes no trânsito por 100mil habitantes/ano (Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade/MS). Assim, se gera pelo menos duas certezas: o dinheiro será pago à instituição que de fato o merece e quem negligencia o sistema de parquímetros pensará melhor.
Assine, compartilhe e levaremos tal recomendação ao Prefeito Nelson Trad, à Câmara de Vereadores e à Agetran.
