Pela volta dos controladores de tráfego no Rio de Janeiro
Para: Cidadãos do Estado do Rio de Janeiro
Todo cidadão ou entidade civil, tem o direito de solicitar, por escrito, aos órgãos ou
entidades do Sistema Nacional de Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação de
equipamento de segurança, bem como sugerir alterações em norma, legislação e outros assuntos
pertinentes ao código CTB - Código de Trânsito Brasileiro Art 72 cap. V.
O Trânsito do Rio , é considerado o pior do Brasil segundo pesquisa recente da fabricante de
GPS Tom Tom, O carioca passa em média 47% mais tempo no trânsito que qualquer outro brasileiro
a qualquer hora do dia. O número de óbitos em acidentes, subiu nos quatro primeiros meses de 2017
como mostram os dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), e que afeta a população de várias
formas: seja ela física, psíquica ou moral. Dados retirados do DataSUS (base de dados da saúde do
Governo Federal), cerca de 45 mil pessoas morrem no trânsito brasileiro anualmente, segundo o
OSNV - Observatório Nacional de Segurança Viária, o que geram gastos anuais da ordem de R$ 56
bilhões, onde cerca de 26% das indenizações (192.724) são pagas na região sudeste, dinheiro que
poderia ser empregado em outras áreas. A sociedade conhece os principais fatores no qual afirmam
esse diagnostico, excesso de álcool e velocidade, uso de celular, avanço de sinal e impunidade, são
alguns deles, demostram a necessidade e urgência em priorizar ações permanentes e efetivas por parte
das autoridades, não podemos naturalizar esses fatos.
O CTB, preve que todo município deva assumir a responsabilidade, mas apenas 26% atendem
à determinação, o atual momento politico é acompanhado pela sociedade que exige mais
transparência e começa a ter consciência de seus direitos, faz-se necessário em caráter emergencial
que o Rio, desenvolva uma ação política de educação no trânsito como já realizado, com sucesso, em
outros estados. Muito embora não seja mencionado em nenhum artigo, o aumento na estatística de
ocorrência de trânsito deve-se não só ao fato de muitos radares estarem desligados, como também a
demissão em massa ocorrida no período de outubro a novembro de 600 controladores terceirizados
da CET RIO, o acréscimo foi ainda maior na zona oeste onde o efetivo foi reduzido a muito menos
de 10% e mais uma vez o fato volta a se repetir de forma cruel e silenciosa, violando não só o direito
do trabalhador em participar de uma negociação coletiva como viola os direitos jurídicos de proteção
ao cidadão, uma vez que não informa a população da extinção de um serviço. Não podemos prescindir
a mudança de pensamento, substituindo uma categoria por automatização, sem mensurar a alta taxa
de desemprego que atinge 13,5% já no primeiro trimestre (IBGE), argumentos relacionados a causa
tecnica-estrutural e economico-conjuntural, como fator econômico do governo, ferem a noção de
"trabalho decente" que preza impulsionar a dignidade e sustentabilidade seguindo os pilares da OIT
- Organização Internacional do Trabalho.
Os fatos evidenciam e comprovam a necessidade de adequação da categoria, requalificando e
realocando a uma ação efetiva de educação ao trânsito, uma vez que os recursos provenientes das
multas deveriam ser designados a essas ações. No contexto de educação para o trânsito, em várias
partes do mundo o trinômio: Educação, Engenharia de Trafego e Policiamento, comprovam através
de estatística que, quando trabalhamos em harmonia, é possível solucionar, diminuir e até acabar com
problemas ligados ocorrências de trânsito.
Como disse o educador Paulo Freire " A educação não é a solução, mas não há solução sem
educação".