Abaixo-assinado Pela aprovação de Leis de Incentivo e ou Cotas para produção de Quadrinhos Nacionais
Para: Presidencia da República; Ministério da Cultura; Ministério da Educação; Ministério das Comunicações
Movimento DQB (Democracia ao Quadrinho Brasileiro)
Apoio institucional e público à arte das histórias em quadrinhos brasileira.
(Artistas, desenhistas, redatores, editores e leitores assinem essa petição)
Sem desconsiderar as contribuições do quadrinho brasileiro já reconhecidas desde o início do século XX pela imprensa e pela população brasileira, devemos refletir a respeito das condições de trabalho, distribuição, divulgação e reconhecimento do novo quadrinho nacional presente a partir do esforço de diversos desenhistas, redatores e editores; profissionais de diferentes idades que se esforçam para criar e publicar personagens e histórias originais, em grande parte, sem apoio de patrocinadores, sem larga aceitação em programas de incentivo estatal e privado, e sem acesso à distribuidores que aceitem distribuir suas obras em diferentes regiões de nosso país.
Sabemos que, independente do nível de reconhecimento popular de uma determinada obra em quadrinhos, há diversos autores divulgando suas obras por meio da Internet, eventos e lançamentos editoriais e independentes, mas que ainda enfrentam dificuldades para serem publicados e divulgados com maior ênfase pelos grandes veículos de comunicação. Porém, em tempos de auto-publicação que utiliza o pdf , a impressão sob-demanda e em off-set como procedimento de publicação fora do círculo das grandes mídias, é necessário que o artista/autor/empreendedor seja melhor amparado por meio de leis e apoios (estatal e privado) para desenvolver de maneira mais bem sucedida a publicação de suas obras, e conquistar condições para maior aproximação das mesmas junto ao seu público leitor.
Existe uma arte de histórias em quadrinhos brasileira sendo realizada com grande qualidade em diferentes estilos e temática, porém, infelizmente, essa arte não é ofertada em sua totalidade (ou em grande quantidade) a todos os leitores ávidos por esse tipo de publicação, grandes obras de livros, periódicos e tiras em quadrinhos lançadas por desenhistas e redatores já reconhecidos ou não reconhecidos publicamente podem ocupar maior destaque na cultura nacional, na indústria cultural brasileira e na produção de identidade literária e de arte visual de nosso país, sem extinguir as possibilidades de publicação em editoras formais e em selos independentes.
Criamos o movimento virtual DQB (Democracia ao Quadrinho Brasileiro) a partir de conversas e entrevistas com profissionais reconhecidos e independentes da área, o movimento visa refletir, sugerir e solicitar junto à sociedade e instituições competentes um maior incentivo cultural e mercadológico que ajude no crescimento do quadrinho brasileiro; melhorias de condições de trabalho e de distribuição; apoio às novas gerações de desenhistas; além de conscientização sobre o valor público e cultural de reconhecimento pela nossa arte.
Apresentamos a seguir algumas causas votadas e discutidas abertamente por meio de mensagens públicas, mídias sociais e em nossas páginas oficiais: http://www.meuheroi.com.br/blog-dqb/blog-dqb.html , http://www.meuheroi.com.br/comunidade/inicio.html ,
http://www.meuheroi.com.br/blog-dqb/manifesto-dqb.html .
https://www.facebook.com/#!/groups/158646887532189/
A criação de uma petição pública foi decidida por meio de enquete publicada em nosso site e Facebook, a maioria dos votantes votou favorável.
A respeito da criação de cotas mercadológicas que orientem empresas públicas e privadas a patrocinarem, divulgarem e ajudar na distribuição de obras em quadrinhos disponíveis e lançadas, o resultado ainda ficou dividido.
Como o DQB é um movimento democrático que visa ouvir e analisar a opinião de todos aqueles que apóiam essa causa, temos o compromisso de sugerir, ouvir sugestões e solicitar soluções junto às instituições competentes e sociedade civil para abordarmos a questão de um maior apoio mercadológico aos quadrinhos brasileiros, para que essa arte não seja arte de poucos para poucos, e para que o nosso mercado não seja constantemente dominado pelas novidades estrangeiras. Porém, em nosso movimento não há objetivos xenófobos, não queremos derrubar editoras e nem conglomerados culturais, mas encontrar apoio à geração de melhores oportunidades de trabalho, de mercado editorial e reconhecimento ao quadrinho brasileiro em seu âmbito geral e, principalmente, para os artistas independentes e das novas gerações.
Esse movimento é virtual, apolítico e apartidário.
