Abaixo assinado do Diretório Central dos Estudantes Eremias Delizoicov do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (DCE IFSP) para o Ministério da Educação (MEC)
Para: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO(MEC)
Um novo ano se iniciou, porém o cenário da educação brasileira segue em ascensão ao sucateamento.
Iniciando por um teto de gastos, que apesar de ter sido vendido como uma alternativa atrativa para que o orçamento da União não passasse do limite estabelecido é na prática um estrangulamento do orçamento dos setores públicos e os mais afetados é o povo.
Os orçamentos das universidades e Instituições Federais sofrem atualmente com o descaso do poder público, uma vez que em 2024 o corte de verbas é de cerca de 310 milhões.
Apesar de no ano passado ter sido aprovada a recomposição orçamentária, ela foi apenas uma promessa, visto que iniciamos o ano com outro corte, sem contarmos o fato de que há anos o orçamento para educação é defasado.
Com tudo isso, não são poucos os relatos das diversas dificuldades enfrentadas pelos alunos nos campus: falta de estrutura, pois em alguns campus há dias que falta sabão líquido para lavar as mãos, algo básico, mas que os câmpus não tem verba para comprar; outros exemplos são as salas de aula extremamente quentes, falta de laboratórios, falta de quadras de esporte, ausência de bibliotecas, salas de estudo, iluminação, acessibilidade, entre outras condições estruturais.
Quando analisamos a permanência estudantil, são diversos os campus que não tem bandejão, algo essencial para a comunidade do campus, que poderiam cumprir o papel fundamental de combate a insegurança alimentar, além dos auxílios que não tem data fixa ou que caem com atrasos, auxílios esses que em muitos casos são insuficientes, visto que o custo de vida são elevados e sem moradia estudantil ou casas à preços populares e alimentação nos campus, os alunos precisam tirar do bolso o valor para se manter nas cidades.
Por fim, a falta de transportes públicos em horários que se torne seguro, e não humilhante ir para as aulas. Os campus, principalmente os que estão em locais mais distantes dos centros, têm relatos de mais 1 hora e 30 minutos de espera e para os alunos que estudam a noite em muitas cidades não há sequer a oferta do ônibus, principalmente para aqueles que moram nas cidades vizinhas e regiões metropolitanas onde fica localizado um campus do IFSP.
É urgente e imprescindível a recomposição do orçamento das universidades e Institutos Federais. Queremos uma estrutura de qualidade dentro do IFSP, um dia fixo para o pagamento do auxílio permanência, assim como a ampliação do orçamento para que mais estudantes possam ser contemplados; queremos que haja bandejão em todos os campus, transporte público para os campus do IFSP na capital, litoral e interior. Reivindicamos a garantia do acesso à educação de forma digna, não queremos apenas entrar no Instituto Federal, queremos permanecer e nos formar!
REFORMAS OS IF'S, REVOGA O TETO DE GASTOS! QUEREMOS OS IF’S COMPATÍVEIS COM O NOSSO SONHO!
